

Escolhi um fã de Los Hermanos que fez uma coletânea das dez músicas que ele acredita explicar da melhor maneira o que é Los Hermanos. Para quem já conhece, soltem suas opiniões. E para os que não conhecem, aproveitem para fuçar por aí e descobrir um pouco do que é Los Hermanos.
Banda: Los Hermanos
Origem: Rio de Janeiro, Brasil
Integrantes: Marcelo Camelo, Rodrigo Barba, Rodrigo Amarante e Bruno Medina
Período em atividade: 1997-2007 (hiato)
Seleção feita por Alan Salgueiro
“Que fique claro que colocar o sentimento na balança implica grandes chances de imprecisão. Não há problema, o espírito dos Hermanos é mesmo esse: O norte do coração! A seleção a seguir consta apenas do que já não cabe mais no peito por sua grandiosidade, e escorre como sorvete na sua mão. Aproveite ou delicie-se.
- Pierrot: Hardcore, metais, e temática carnavalesca. Bom pra começar e entender o espírito do primeiro álbum.
- Todo Carnaval Tem Seu Fim: Daquelas que estão no DNA da banda. É uma Quarta-Feira de Cinzas: melancólica e reflexiva e ainda suja de confete e serpentina da folia de anteontem.
- Samba a Dois: Rock demais pra ser samba ou samba demais pra ser rock? Quem se atreve a me dizer? Embale-se. Dance sem se importar com os rótulos.
- O Vencedor: Pra quem leva a vida de forma sutil, pra não faltar amor. É música festa e filosófica ao mesmo tempo. É pra dentro ao refletir e pra fora ao pular por ser feliz mesmo, só por existir.
- Além do que se vê: O título já diz muito, mas vamos lá: Feche os olhos e cante. Você vai cantar até onde não há letra, aposto!
- Conversa de Botas Batidas: Fala-se da história de dois velhinhos que morreram juntos em um acidente fatal. É apenas uma das versões. Se entregue à levada simpática de piano e participe do coro no final.
- O Vento: Mais uma música-identidade dos barbudos. Com uma boa base de piano eletrônico e sintetizador, a canção divaga e filosofa sobre diversos temas: a vida, o tempo, amor, sonhos... “Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer”. E eles dizem tudo, pode acreditar.
- Morena: Você sabe sambar? Acha que os caras do Radiohead sabem? Eles vieram ao Rio e não resistiram a esse samba-canção. Brinque de air guitar com o solinho tosco e bonitinho do Amarante.
- Condicional: A mais roqueira de todos os álbuns. Tente assistir ao clipe e aprenda um novo esporte: contorcionismo guitarrístico.
- É de lágrima: Um réquiem. Nessa canção nasce-se e morre-se, vê-se a vida por um triz, renasce-se. Tudo foi bom, mas o que virá será ainda melhor, se vir.”
O objetivo nesta ideia é compartilhar opiniões de fãs e mostrar de maneira bem reduzida o trabalho de cada banda ou artista para que se inicie uma vontade nas pessoas de se informar mais sobre o assunto e, quem sabe, até virar um novo fã.Deixando claro também que a seleção é a opinião de uma fã e que muitas músicas foram deixadas de fora por não caberem entre as dez. E vocês o que acham?
Essas cantoras polêmicas atuais, como Lily Allen, Amy Winehouse, Britney Spears, Madonna, e tantas outras, que sempre estão envolvidas em escândalos, fofocas, e exageros cotidianos são tão famosas por seus atos, mas será que se dependesse só de seu talento musical, elas estariam na mídia da mesma forma?
Amy Winehouse ganhou o mundo de fato com o hit Rehab. Não há dúvidas sobre o talento e a voz dessa inglesa que vive de amores intensos e morre aos poucos de drogas intensas. Mas, de tão intensa que é acaba agindo por impulso, ou sem impulso algum. Amy coleciona escândalos e páginas de noticiários com suas artimanhas pelo mundo. Em seu primeiro CD, Frank, quando era mais menina e tinha até carne naquele corpo, ela não atingiu a fama que conseguiu com Back To Black. Pode ser porque sua música ficou mais madura, suas composições mais profundas, seu visual mais chamativo. Pode ser pelo tempo necessário para que ela caísse na boca do povo. Mas mais que isso, pode ser porque sua música falava sobre ir para uma clinica de reabilitação contra sua vontade. Não duvido que Amy pudesse fazer o sucesso que faz por seu talento em si, mas também tenho certeza de que se não fosse pelas brigas tórridas com Blake Fielder-Civil, as overdoses escandalosas, os shows que se transformaram em catástrofe, os topless no Caribe, Amy não teria se tornado um ícone da cultura pop como se tornou.
E Lily Allen? Seguiu pelo mesmo caminho, mas em doses reduzidas. Foi muita bebedeira, muitas drogas, muitas noitadas, muitas brigas com paparazzi. Sua música e seu estilo em seu primeiro álbum entraram na linha retrô, porque está na moda. A voz é agradável, seu sucesso começou pelo YouTube, suas letras são fortes e muitas vezes agressivas. E agora, ela mudou. Parou com drogas, bebedeiras, topless. Seu som está diferente e ela continua nos primeiros lugares de rankings de venda do mundo todo. Mas ela não saiu dos noticiários.
Britney Spears é um pouco diferente. Começou como boa moça, o que deu muito certo na época. Conforme foi crescendo, ela foi ficando mais ousada, até que a ousadia chegou a ponto de casamento
Ser escandaloso é ser pop. Não importa se você canta bem ou não. Se estiver com um pozinho branco no nariz, fazendo topless, e brigando com paparazzi, a sua música vai tocar.
E é claro que isso não é uma regra.
E do fundo do meu coração, eu queria entender se elas estão onde estão por seu talento ou pelo número de escândalos publicados. Confesso que conheci a Amy primeiro por sua música e logo ela se mostrou "muito louca" (não no sentido de muito legal, de louca desvairada mesmo) e eu continuo gostando. Não é porque ela age às vezes de maneira vergonhosa que eu não vou deixar de gostar de seu trabalho. Mas a impressão que tenho é que muitas pessoas admiram a loucura dela. E sério, isso não é saudável.